Repórter São Paulo – SP – Brasil

Pesquisa aponta que brasileiros têm mais medo de perder o celular do que a carteira em caso de roubo

Uma pesquisa recente revelou que os brasileiros têm mais medo de perder o celular do que a carteira em caso de roubo. Essa constatação parece óbvia, já que no celular estão todas as respostas para a vida, o universo e tudo mais, enquanto a carteira contém apenas cartões, documentos e talvez um pouco de dinheiro vivo.

Imagina-se então a situação do casal Amanda (Julia Roberts) e Clay Sanderson (Ethan Hawke) no filme “O Mundo Depois de Nós”, onde alugam uma mansão para férias e começam a presenciar situações estranhas como a visita inusitada de bandos de cervos no jardim e um navio petroleiro que aporta diretamente na areia da praia.

A trama se complica quando um homem, G.H. Scott (Mahershala Ali), e sua filha, Ruth (Myha’la), aparecem à porta alegando serem os donos da casa. Sem acesso à internet devido a um apagão em Nova York, o casal se vê desconfiado e sem possibilidade de verificar a veracidade das informações prestadas por eles.

Ao longo do filme, o diretor Sam Esmail estabelece um clima de mistério e suspeita, utilizando uma trilha sonora marcante e movimentos de câmera inspirados em Alfred Hitchcock. As informações sobre os acontecimentos no mundo exterior chegam aos personagens lentamente, contribuindo para a desconfiança de Amanda, que eventualmente revela traços de racismo.

O elenco estelar, liderado por Julia Roberts, traz à tona os aspectos mais complexos de seus personagens. Mahershala Ali interpreta um homem negro que tenta se adaptar a um ambiente hostil, enquanto a filha mais nova do casal manifesta uma obsessão por uma série que levanta mais dúvidas do que respostas.

O roteiro do filme consegue criar um clima de confusão e incerteza, refletindo os impactos de um blecaute de informações. Os melhores diálogos parecem ter sido adaptados diretamente do livro, revelando a visão dos autores sobre a humanidade.

Em última análise, “O Mundo Depois de Nós” oferece uma visão bastante americana do mundo, explorando temas como confiança, paranoia e teorias da conspiração. O filme, produzido pela companhia de Barack e Michelle Obama, apresenta mensagens dignas das teorias da conspiração, explorando a vulnerabilidade da fortaleza e a crença em um futuro incerto.

Dessa forma, a produção cinematográfica consegue equilibrar elementos de mistério, suspense e reflexão, levando o espectador a questionar suas próprias crenças e convicções sobre o mundo em que vivemos.

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