Peregrinos sem documentos oficiais sofrem com o calor extremo durante ritual muçulmano em Meca, resultando em mortes e desaparecidos.

Neste ano, a peregrinação a Meca, um dos cinco pilares do islamismo, foi marcada por tragédias e desafios enfrentados pelos fiéis que vieram de diferentes partes do mundo. Com 1,8 milhão de peregrinos autorizados a participar do ritual sagrado, as autoridades sauditas enfrentaram um problema relacionado ao acesso aos espaços com ar condicionado, essenciais para lidar com o calor extremo da região.

Sem documentos oficiais, alguns peregrinos se viram impossibilitados de utilizar essas áreas de resfriamento, o que os tornou mais vulneráveis às altas temperaturas. Segundo relatos de um diplomata à AFP, no exaustivo dia de sábado, os fiéis precisaram passar longas horas fora dos espaços climatizados durante a subida ao monte Arafat, momento em que o profeta Maomé proferiu seu último sermão.

No entanto, a situação se tornou ainda mais preocupante com a notícia de mortes entre os peregrinos egípcios devido ao calor intenso. Além deles, fiéis de outras nacionalidades como Malásia, Paquistão, Índia, Jordânia, Indonésia, Irã, Senegal, Tunísia e Curdistão iraquiano também faleceram durante a peregrinação. Familiares dessas vítimas estão em busca de informações, vasculhando os hospitais da região em busca de notícias sobre os desaparecidos.

As redes sociais, principalmente o Facebook, foram inundadas por fotos e pedidos de informações sobre os peregrinos desaparecidos. A situação demonstra a vulnerabilidade e as dificuldades enfrentadas por aqueles que viajam a Meca para cumprir um dos compromissos mais importantes de sua fé. A tragédia serve como alerta para a necessidade de melhorias nas condições de acolhimento e segurança dos peregrinos durante a peregrinação anual.

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