Pastor gera revolta ao atribuir autismo a ação do diabo: ”Deve responder criminalmente”, dizem internautas indignados.

Na última terça-feira, o pastor Washington causou polêmica ao proferir declarações preconceituosas e capacitistas em um de seus sermões. O líder religioso afirmou que o diabo estaria visitando o ventre das desprotegidas, em referência às mulheres que, segundo ele, não teriam graça ou instrumentalidade para lidar com o mundo espiritual.

Essas declarações geraram revolta nas redes sociais, com diversas pessoas exigindo que o pastor seja responsabilizado criminalmente por propagar desinformação e realizar comentários desrespeitosos. O tom preconceituoso e discriminatório de suas palavras fez com que muitos fiéis se sentissem envergonhados e entristecidos com suas falas.

Diante da repercussão negativa, Washington decidiu publicar um pedido de desculpas na mesma noite em que fez as declarações polêmicas. Em um vídeo, ele afirmou que se retratava de suas palavras, especialmente em relação aos autistas e seus familiares. O pastor admitiu que foi infeliz ao fazer determinadas colocações e ressaltou que esse não era seu caráter nem perfil, pedindo perdão por suas atitudes.

É importante ressaltar que o autismo não é uma doença, mas sim um transtorno do neurodesenvolvimento. Segundo a Lei Berenice Piana, o TEA é considerado uma deficiência e não deve ser tratado como algo negativo ou demoníaco, como insinuou o pastor em suas declarações.

Diante desse episódio, é fundamental que haja um debate honesto e respeitoso sobre questões relacionadas à diversidade e inclusão, especialmente dentro de ambientes religiosos, onde palavras podem ter um impacto significativo na vida das pessoas. É essencial que líderes religiosos tenham a sensibilidade e empatia necessárias para abordar esses temas de forma adequada e respeitosa, evitando perpetuar preconceitos e estigmas que apenas prejudicam aqueles que mais precisam de apoio e compreensão.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo