Repórter São Paulo – SP – Brasil

Partido de “extrema direita” tem grande vitória nas eleições parlamentares na França, refletindo descontentamento dos eleitores com o governo.

A França realizou no último domingo o primeiro turno das eleições parlamentares, e o partido de “extrema direita” obteve uma grande vitória. É importante ressaltar que as definições de extrema direita na Europa podem ser diferentes da extrema direita americana, apesar de compartilharem o etnonacionalismo contra imigrantes. No entanto, as políticas econômicas podem variar.

O partido Reunião Nacional (RN) teve um desempenho significativo nas eleições, mas ainda não está claro se conseguirá a maioria dos assentos e formar um governo. Com a diminuição da força de Emmanuel Macron, que permanecerá como presidente, o cenário político da França está incerto.

É essencial considerar que a insatisfação dos eleitores franceses, assim como em outros países desenvolvidos, tem sido direcionada aos políticos no poder, independentemente de sua ideologia. A boa gestão econômica de Macron, com redução do desemprego e crescimento do emprego, não foi suficiente para evitar o mal-estar da população.

A economia francesa tem apresentado números positivos, mas a confiança econômica das famílias está abaixo da média histórica. Macron adotou medidas impopulares, como o aumento da idade da aposentadoria e a elevação dos impostos sobre combustíveis, o que gerou protestos. Por outro lado, o RN fez campanha contra Macron pela esquerda, prometendo benefícios sociais generosos, mas apenas para pessoas com a origem étnica certa.

Portanto, a ascensão da direita na França levanta questões sobre os rumos do país e suas implicações para outras nações, como os Estados Unidos. Enquanto a direita francesa busca expandir benefícios sociais com restrições étnicas, o movimento liderado por Donald Trump nos EUA favoreceu os ricos em detrimento da maioria da população. Assim, a preocupação com o crescimento da extrema direita na França deve servir de alerta para o perigo representado pelo trumpismo, que combina hostilidade aos imigrantes com políticas econômicas prejudiciais aos trabalhadores comuns.

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