De acordo com as últimas pesquisas, os conservadores devem ficar com apenas 95 cadeiras, uma queda significativa em relação às 344 que possuíam anteriormente. Enquanto isso, os trabalhistas conquistariam 452, representando cerca de 70% do total de 650 parlamentares. Os liberal-democratas e o Reform UK também teriam presença no Parlamento, com 60 e 5 cadeiras, respectivamente.
O provável novo primeiro-ministro será Sir Keir Starmer, do Partido Trabalhista, que é comparado a um biscoito simples e tradicional, sem grandes surpresas. Este cenário aponta para um desdobramento preocupante para o Partido Conservador, que tem se mantido no poder desde 2010, enfrentando períodos de crise econômica e social.
O declínio dos conservadores é atribuído a uma série de fatores, incluindo a gestão contestada de figuras como Boris Johnson e Liz Truss, além do impacto negativo do Brexit, realizado em 2016. A desigualdade econômica e social, a precarização dos serviços públicos e a insatisfação popular também têm sido temas recorrentes durante o governo conservador.
A análise da situação do país feita pela revista “Economist” destaca o colapso dos serviços públicos, a crise no Serviço Nacional de Saúde, a falência das autoridades locais e a pobreza crescente sob o governo conservador. Enquanto isso, dados apontam que a pobreza absoluta diminuiu consideravelmente durante governos trabalhistas anteriores, indicando uma possível mudança de paradigma na preferência dos eleitores britânicos.
A incerteza em relação ao futuro político do Reino Unido se agrava diante dos desafios econômicos e sociais enfrentados pelo país. Resta aguardar os resultados das eleições e acompanhar de perto os desdobramentos políticos que influenciarão o destino da nação nos próximos anos.