Partículas minúsculas de plástico podem ser encontradas até na água engarrafada, aponta estudo recente das universidades Columbia e Rutgers.

Estudo revela presença de microplásticos na água engarrafada 100 vezes acima do estimado anteriormente

A presença de microplásticos em diversas partes do planeta já é uma realidade preocupante, como aponta um estudo recente que analisou a presença dessas minúsculas partículas em amostras de água engarrafada. Segundo os pesquisadores das universidades Columbia e Rutgers, nos Estados Unidos, um litro de água engarrafada pode conter até 100 vezes mais pedaços minúsculos de plástico do que o estimado anteriormente.

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As cinco amostras de três marcas comuns de água engarrafada foram analisadas, revelando níveis que variavam entre 110 mil a 400 mil fragmentos por litro, com uma média de 240 mil fragmentos. Os cientistas destacam que grande parte do plástico parece vir da própria garrafa, levantando a dúvida sobre os riscos à saúde decorrentes dessa ingestão.

Embora a Organização Mundial da Saúde tenha concluído que há poucas pesquisas sobre os potenciais riscos à saúde humana decorrentes do consumo ou inalação de microplásticos, um estudo realizado pela universidade de Cardiff, no Reino Unido, indica que entre 86 e 710 trilhões de partículas de microplásticos contaminam as terras agrícolas na Europa anualmente.

Essa contaminação pode se refletir na nossa alimentação, conforme aponta o estudo. Alimentos como cenouras, nabos e rabanetes podem acumular maiores concentrações de plástico devido às partículas presentes no solo, que são absorvidas pelas plantas.

As alternativas consideradas compostáveis ou biodegradáveis, como sacos plásticos marcados como “biodegradáveis”, têm se mostrado inadequadas para solucionar a crise dos microplásticos. Na verdade, elas podem agravar o problema ao se decomporem em pedaços menores, não nas substâncias que as compõem.

Entretanto, os cientistas estão desenvolvendo técnicas para combater a poluição causada pelo plástico. Pesquisas apontam para a possibilidade de se procurar fungos, bactérias e até mesmo insetos que se alimentem de plástico. Além disso, estudos sobre técnicas de filtragem de água e tratamentos químicos estão em andamento, oferecendo esperança em meio à crise.

Portanto, embora a presença de microplásticos esteja disseminada, ainda é possível encontrar soluções para mitigar essa poluição global.

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