De acordo com uma matéria publicada, há indícios de conluio em 223 casos de contratos relacionados a contenções de encostas e intervenções em margens de rios. Dos 307 contratos analisados, em 171 somente o vencedor apresentou desconto relevante, enquanto em 52 casos os demais concorrentes ofereceram descontos irrisórios. Os valores envolvidos nessas obras chegam a impressionantes R$ 4,3 bilhões, representando 87% do total contratado.
O aumento significativo na quantidade de obras consideradas emergenciais tem chamado a atenção dos investigadores. Desde que assumiu o cargo, o prefeito Ricardo Nunes teria gasto cerca de R$ 4,9 bilhões nesse modelo de contratação, um valor muito superior ao gasto pelos seus antecessores. De acordo com informações apuradas pelo UOL, os últimos quatro prefeitos juntos gastaram aproximadamente R$950 milhões nesse tipo de contrato.
Diante das acusações, a prefeitura se defendeu, alegando que a matéria veiculada faz “ilações” e tem como único objetivo prejudicar a imagem da gestão municipal. Em nota, a assessoria de Nunes afirmou que as alegações não têm fundamento e são apenas uma estratégia para fins eleitorais. A resposta completa da prefeitura pode ser acessada através de um link disponível.
A situação está sendo analisada de perto pelo Tribunal de Contas do Município, que já está coletando informações das áreas técnicas responsáveis. O caso está sob a relatoria do conselheiro Domingos Dissei, e a pressão dos vereadores para a convocação do secretário de Infraestrutura indica que mais desdobramentos podem surgir nas próximas semanas.