Repórter São Paulo – SP – Brasil

Parlamentares bolsonaristas indecisos sobre voto para manutenção da prisão de Chiquinho Brazão na Câmara dos Deputados

Na atual conjuntura política brasileira, a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão trouxe à tona um debate acalorado entre os parlamentares bolsonaristas sobre a sua manutenção na Câmara dos Deputados. Brazão é suspeito de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018, e a sua prisão neste domingo, 24, tem gerado controvérsias.

Os parlamentares bolsonaristas afirmam que ainda não têm uma definição sobre como vão votar na sessão que decidirá sobre a manutenção da prisão de Chiquinho Brazão. Enquanto a defesa do deputado não se manifestou, a líder da minoria na Câmara, deputada Bia Kicis, ressaltou a importância de analisar os requisitos constitucionais antes de tomar uma decisão.

O deputado federal Nikolas Ferreira afirmou que ainda está analisando a situação e não formou convencimento sobre o voto, enquanto Junio Amaral destacou a gravidade do crime e afirmou que votará pela manutenção da prisão. Vale lembrar que para a confirmação da prisão do deputado, é necessário o apoio da maioria absoluta dos parlamentares da Casa, ou seja, 257 votos. A votação é aberta e a resolução é promulgada na própria sessão.

O senador Flávio Bolsonaro manifestou apoio à investigação da morte de Marielle Franco, enquanto seu irmão, o deputado Eduardo Bolsonaro, compartilhou um vídeo de Lula associando Bolsonaro a milicianos. Ainda, a regra sobre os deputados decidirem sobre a prisão está respaldada no artigo 53 da Constituição Federal, que prevê que os membros do Congresso Nacional não podem ser presos sem prévia licença de sua Casa.

Diante desse cenário, a decisão sobre a prisão de Chiquinho Brazão promete causar intensos debates no cenário político nacional e colocar em cheque a atuação dos parlamentares bolsonaristas diante de um caso tão delicado como o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes. A sociedade aguarda ansiosamente pela resolução desse caso e pela postura dos representantes políticos diante de um episódio de tamanha relevância e sensibilidade.

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