No último dia, os parlamentares aprovaram propostas econômicas caras ao ministro Fernando Haddad, num movimento que surpreendeu muitos analistas políticos. Em meio a discussões sobre a sustentabilidade das contas públicas, o Congresso mostrou que pouco teme o impacto financeiro de suas decisões, votando proposições que geram altos gastos para o governo. A velocidade com que essas propostas são aprovadas reflete a influência de diferentes frentes de interesses econômicos dentro da Casa, evidenciando os desafios de se alcançar consensos em temas cruciais para o país.
No dia seguinte, por sua vez, os parlamentares protagonizaram outra demonstração de força, derrubando vetos do ex-presidente Lula com uma rapidez surpreendente. Essa dinâmica de decisionismo político evidencia um novo paradigma na relação entre Congresso e Executivo, sinalizando uma postura mais assertiva por parte dos legisladores. A agilidade com que as pautas são encaminhadas e votadas levanta questões sobre a qualidade do debate dentro da Casa, bem como sobre a possibilidade de se obter uma visão mais plural e representativa nas decisões políticas.
A gangorra legislativa revela, assim, um novo momento na política nacional, no qual a agilidade e a assertividade dos parlamentares ganham destaque. A aprovação de propostas econômicas caras ao ministro em plena sexta-feira, seguida pela derrubada de vetos presidenciais no dia seguinte, evidencia um Congresso cada vez mais ativo e protagonista. Resta saber quais serão os desdobramentos dessas decisões e como elas impactarão a economia e a governabilidade do país.