O parecer foi emitido pelas secretarias de Cultura e de Urbanismo e Licenciamento, após solicitação da Comissão de Constituição, Justiça e Legislação (CCJLP) da Câmara Municipal de São Paulo.
De acordo com a manifestação enviada pela Secretaria de Urbanismo, a inclusão do nome do diretor “constitui alteração de denominação, que não encontra consonância com as hipóteses permissivas de alteração previstas na legislação vigente”. Essa legislação proíbe a denominação de vias públicas com nome diferente daquele que já é tradicionalmente conhecido e incorporado na cultura da cidade.
A conclusão da pasta da Cultura também vai ao encontro desse argumento, afirmando que a mudança de nome configura uma alteração e que isso poderia abrir precedente para a aplicação dessa lógica em todas as ruas centrais ou mais visíveis da cidade. Portanto, ambos os pareceres foram desfavoráveis à aprovação do projeto de lei.
A vereadora Jussara Basso (PSOL) é a responsável pela proposição do projeto de lei. Em sua justificativa, ela afirma que a obra de Zé Celso é reconhecida nacional e internacionalmente, e que o Teatro Oficina faz parte da história e da cultura paulistana. Para ela, a mudança de nome da rua valorizaria a história da cidade e do teatro brasileiro.
José Celso Martinez Corrêa, conhecido como Zé Celso, foi um dos membros fundadores do Teatro Oficina, grupo que se tornou símbolo do teatro brasileiro. Ao longo dos anos, o Oficina se transformou em um centro de estudos da dramaturgia brasileira e foi responsável pela formação de diversos atores conhecidos.
Por fim, vale destacar que enquanto a Prefeitura de São Paulo emite esse parecer negativo para o projeto de lei, o cantor Jota.pê se prepara para lançar seu segundo álbum intitulado “Se o Meu Peito Fosse o Mundo”. O trabalho, que traz músicas autorais, foi produzido por Felipe Vassão, Rodrigo Lemos e Marcus Preto. O álbum será lançado em duas partes, com cinco faixas cada, sendo que a segunda metade está prevista para o primeiro trimestre de 2024.