Repórter São Paulo – SP – Brasil

Papa Francisco critica candidatos à presidência dos EUA e defende voto, mesmo diante de dilema entre “o menos pior”.

O Papa Francisco causou polêmica ao comentar sobre as eleições presidenciais dos Estados Unidos em uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira (13). O líder da Igreja Católica criticou tanto o candidato republicano, Donald Trump, quanto a candidata democrata, Kamala Harris, sem citar seus nomes diretamente.

Segundo Francisco, as políticas dos dois candidatos são “contra a vida”, fazendo referência ao plano de Trump de deportar migrantes e à defesa do direito ao aborto por parte de Kamala. Mesmo assim, o Papa incentivou os católicos a votarem, ressaltando que não votar não é uma opção aceitável. Ele afirmou que os católicos americanos teriam que escolher “o menor dos males” no pleito que acontecerá em 5 de novembro.

As declarações foram feitas durante um voo de volta para Roma, após o Papa encerrar uma turnê de 12 dias pelo Sudeste Asiático e pela Oceania. Essa viagem foi uma das mais desafiadoras de seu papado devido à sua idade avançada e problemas de saúde. A turnê incluiu paradas na Indonésia, Papua-Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura.

As palavras de Francisco levantaram debates sobre o papel dos católicos nas eleições e a responsabilidade dos cidadãos em escolher seus representantes políticos. A recusa em apoiar explicitamente um dos candidatos revela a preocupação do Papa com questões morais e éticas, destacando a importância da consciência individual na hora de votar.

Essa intervenção do Papa nas eleições americanas certamente terá repercussões e dividirá opiniões entre os fiéis e a sociedade em geral. A postura de Francisco reforça a importância da reflexão e da responsabilidade cívica diante de escolhas políticas que impactam a sociedade como um todo.

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