Papa enfrenta resistência de líderes religiosos africanos após declaração sobre bênção a casais do mesmo sexo

Na declaração mais recente do Papa Francisco, ele rebateu as críticas e as posições ideológicas inflexíveis que, segundo ele, têm impedido a Igreja de avançar. No entanto, em muitos países africanos, como a Nigéria, até mesmo ter um relacionamento entre pessoas do mesmo sexo é proibido e muitas vezes punido com longas penas de prisão.

Em uma entrevista à Reuters, Jane, de 39 anos, que vive com sua parceira há seis anos, expressou sua descrença de que a declaração do Vaticano vá mudar muita coisa no momento. Ela afirmou que talvez nos próximos 20 ou 30 anos as coisas possam evoluir, mas atualmente será difícil para os bispos aceitarem o reconhecimento de casais do mesmo sexo.

Vários bispos católicos de países africanos como Angola, Quênia, Malaui, Nigéria, São Tomé e Príncipe, Uganda e Zimbábue manifestaram que não abençoarão casais do mesmo sexo, porém argumentam que o decreto do papa pode ser interpretado como opcional.

O padre Patrick Alumunku, da paróquia de Mbora da Igreja Católica St Louis, na capital Abuja, disse que a declaração do Vaticano perturbou muitos seguidores, mas deve ser vista como um movimento em direção à inclusão de todos os filhos de Deus.

Essa questão tem gerado controvérsias e debates acalorados, tanto entre os fiéis quanto entre os próprios clérigos. A declaração do Papa, apesar de representar um avanço em relação à postura da Igreja diante da comunidade LGBT, enfrenta resistência em alguns segmentos mais conservadores.

É importante lembrar que a Igreja Católica tem sido uma das instituições mais influentes em todo o mundo, especialmente em regiões como a África, onde a religião desempenha um papel significativo na vida das pessoas. Portanto, a posição da Igreja em relação à comunidade LGBT pode ter um impacto profundo e duradouro em milhões de vidas.

Espera-se que esse debate continue a evoluir e que a Igreja possa encontrar um equilíbrio entre suas crenças tradicionais e a necessidade de inclusão e respeito à diversidade.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo