A região do Darién, com seus 575 mil hectares de área, tem sido utilizada como corredor por migrantes que buscam chegar aos Estados Unidos, partindo da América do Sul. Em 2023, mais de 520 mil pessoas arriscaram suas vidas cruzando essa rota, enfrentando perigos como rios caudalosos, animais selvagens e grupos criminosos.
Mulino, que havia prometido durante a campanha eleitoral fechar a fronteira na selva, agora visa estabelecer um acordo de repatriação com os EUA. Ele afirmou que espera assinar um acordo respeitoso e digno para iniciar o processo de devolução dessas pessoas ao seu país de origem.
Além disso, o ministro das Relações Exteriores do Panamá também planeja discutir o tema migratório com seu homólogo colombiano, Gustavo Petro, que chegou ao país no domingo para participar da cerimônia de posse. A reunião entre os dois líderes deve abordar medidas para lidar com a crescente onda migratória que passa pela região do Darién.
A assinatura deste acordo representa um novo capítulo nas relações entre Panamá e Estados Unidos no que diz respeito à migração e refúgio. Espera-se que essa parceria traga soluções concretas para um dos desafios mais urgentes enfrentados pelos países da região. A segurança e o bem-estar dos migrantes que arriscam suas vidas nessa jornada difícil devem estar no centro das discussões e decisões tomadas por Mulino e seus aliados internacionais.