Entre os manifestantes palestinos estava Rafat Alnajjar, um refugiado palestino que chegou sozinho ao Brasil há três anos. Nascido na Faixa de Gaza, Rafat decidiu deixar sua terra natal em busca de segurança e fugir da violência que assola a região. Em suas palavras, “se ficasse lá, só conseguiria ficar sobrevivendo, esperando a qualquer momento ser morto por bombas”.
Rafat está preocupado com a segurança de sua família que ainda vive em Gaza. Todos os dias teme receber notícias ruins sobre seus parentes. Ele perdeu 65 familiares até agora e recentemente recebeu a notícia de que mais 24 pessoas próximas a ele morreram em um ataque. Segundo ele, os sionistas, que ele chama de “wuhush”, estão apagando a história e ele quer que o mundo compreenda a realidade enfrentada pelos palestinos.
Do lado oposto da Avenida Paulista, os manifestantes a favor do estado de Israel condenaram as ações do grupo palestino Hamas e pediram o fim dos ataques que consideram como “terroristas”. Lideranças judaicas e evangélicas conduziram o ato e ressaltaram que mais de 1.400 israelenses foram mortos até o momento.
Os protestos chamaram a atenção das pessoas que passavam pelo local, gerando um debate acalorado sobre o conflito que já dura décadas. A questão é complexa e envolve inúmeras questões políticas, históricas e religiosas.
Enquanto isso, os manifestantes continuaram a expressar suas opiniões e a defender suas causas com cartazes, faixas e palavras de ordem. A Avenida Paulista, mais uma vez, se tornou um símbolo de luta e resistência, mostrando que o conflito entre Israel e Palestina ainda está longe de encontrar uma solução definitiva.