Países suspendem envio de fundos à UNRWA em meio a combates e mortes na Faixa de Gaza

Oito países suspenderam o envio de fundos à UNRWA desde sexta-feira. Estados Unidos, Austrália, Canadá, Finlândia, Reino Unido, Itália, Países Baixos e Alemanha interromperam o repasse de verbas para a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina, em resposta a acusações contra um pequeno grupo de seu pessoal.

O diretor da UNRWA, Philippe Lazzarini, manifestou preocupação e classificou como chocante a suspensão de fundos para a agência. Ele enfatizou que a ajuda financeira é fundamental para a sobrevivência de dois milhões de pessoas em Gaza. Lazzarini ressaltou que a UNRWA já tomou medidas em relação às acusações e pediu que os países reconsiderem a decisão de suspender os recursos.

A Autoridade Palestina, que administra parcialmente a Cisjordânia ocupada, instou os países a recuar e fornecer “o máximo apoio a esta organização internacional”. A organização implementa programas essenciais para a vida e sobrevivência de milhões de palestinos no Oriente Médio.

Enquanto isso, os combates continuam concentrados em Khan Yunis, a maior cidade do sul de Gaza, onde os dois principais hospitais abrigam milhares de deslocados. Um deslocado de 28 anos morreu na entrada da sala de emergência do hospital Al Amal por disparos israelenses, informou o Crescente Vermelho Palestino.

A interrupção no envio de fundos para a UNRWA aumenta as preocupações com a situação humanitária na região, especialmente em meio a conflitos e a crise de saúde pública devido à pandemia de COVID-19.

A suspensão dos fundos também levanta questões sobre o impacto que a falta de recursos terá nas operações da UNRWA e nas vidas das pessoas que dependem dos serviços e assistência prestados pela agência.

A decisão dos oito países de suspender o repasse de fundos para a UNRWA representa um revés significativo para a agência e para as pessoas atendidas por ela. Espera-se que as discussões e negociações diplomáticas possam levar a uma resolução que permita a retomada do financiamento e o restabelecimento dos programas essenciais para a população palestina.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo