Um levantamento exclusivo do Awire mostrou quais são os quadros mais influentes da bancada da bala nas duas Casas. O perfil afrontoso de parte dos membros da frente comprometeu o andamento de suas atividades. Inclusive, o ex-ministro da Justiça, Flávio Dino, recusou-se a comparecer em uma das audiências para as quais foi convocado. Por outro lado, alguns nomes conquistaram protagonismo dentro da bancada, ganhando destaque pelo papel de liderança na condução das atividades da Frente Parlamentar da Segurança Pública ou na articulação em defesa de suas bandeiras.
Na Câmara, a bancada pró-armas possui líderes destacados, apesar de alguns membros não conseguirem transformar atividade intensa em influência. No Senado, a bancada atua de forma mais enxuta e sem formalizar uma entidade, contando com 13 senadores armamentistas que se articulam constantemente em favor da flexibilização de armas. Alguns deles receberam apoio direto do Movimento Pró-Armas em suas campanhas eleitorais.
Um dos principais líderes do grupo no Senado é Marcos do Val (Podemos-ES), embora tenha perdido parte de sua influência em 2023, após ser alvo de buscas da Polícia Federal. Paralelamente, novos senadores como Hamilton Mourão (Republicanos-RS), Jorge Seif (PL-SC) e Sergio Moro (União-PR) conseguiram articular com maior eficiência, podendo despontar como futuras lideranças para a pauta armamentista na Casa. Este último conseguiu, na semana do dia 6, emplacar a aprovação na Comissão de Segurança Pública do projeto de lei que extingue as saídas em datas comemorativas para presidiários.
Assim, a bancada da bala se configura como uma força relevante no Congresso Nacional, com atuação tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado, influenciando e debatendo temas relacionados à segurança pública e à flexibilização das armas.
