Os 3 erros fatais de um investidor: como apaixonar-se por uma empresa pode comprometer sua vida financeira e bem-estar

No último domingo, fui surpreendido por uma mensagem de um ex-aluno que desejava compartilhar comigo uma história pessoal. Curioso, logo pedi para conversar com ele e entender o que havia acontecido. E o relato de Alberto, publicado em minha coluna no último sábado, inspirou o ex-aluno a compartilhar sua própria experiência, na qual descobri que eu estava envolvido sem saber. Este ex-aluno foi identificado como Walter, que participou de um curso ministrado por mim sobre avaliação de empresas.

No curso, os alunos tinham o desafio de escolher uma empresa e fazer uma análise detalhada, considerando os demonstrativos financeiros, o mercado, a concorrência e as perspectivas do negócio. Todo esse estudo era transformado em um modelo em Excel que projetava os fluxos de caixa da empresa, culminando na determinação do seu valor justo sob determinadas circunstâncias. No entanto, mesmo com toda essa análise aprofundada, Walter acabou cometendo três erros que resultaram em consequências financeiras significativas.

O primeiro erro de Walter foi não reconhecer que a realidade havia divergido do cenário estimado para a empresa e para a economia. Essa falta de objetividade pode ser um problema recorrente para investidores que se “apaixonam” por uma empresa, tornando-se cegos para as mudanças no cenário. Além disso, Walter decidiu manter suas ações na empresa mesmo diante de uma queda no preço, tomando a arriscada decisão de comprar mais ações. Essa prática, como destacado, pode ser perigosa e reflete a dificuldade de muitas pessoas em reconhecer e corrigir erros de investimento.

O terceiro erro de Walter foi comprometer uma parcela significativa de seus investimentos em um único ativo de risco, o que agravou ainda mais suas perdas financeiras. Esses erros não apenas resultaram em prejuízos financeiros para Walter, mas também afetaram seu bem-estar pessoal, como ele mesmo admitiu.

A história de Walter serve como um alerta para investidores sobre a importância de manter a racionalidade e objetividade ao tomar decisões de investimento. A lição principal é evitar se apegar emocionalmente a um investimento e sempre avaliar criticamente os riscos envolvidos. Além disso, é fundamental manter uma diversificação adequada e não comprometer uma parte significativa do patrimônio em um único ativo de risco.

A experiência de Walter deve servir de aprendizado para outros investidores, alertando sobre os perigos de se deixar levar pela emoção e negligenciar a análise crítica ao investir. Como destacado por ele, é essencial monitorar constantemente a adequação dos investimentos e evitar decisões baseadas em impulsos emocionais. A reflexão sobre esses erros pode ser valiosa para todos os investidores, lembrando-os da importância da disciplina e da estratégia na tomada de decisões financeiras.

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