Repórter São Paulo – SP – Brasil

Oposição rejeita extensão dos “poderes delegados” de Milei para introduzir reformas excluídas na Lei, proposta de limitá-los a um ano.

O presidente recém-eleito, Milei, enfrenta resistência por parte da oposição devido às medidas extremas que pretende implementar para combater a crise econômica na Argentina. A proposta de conceder “poderes delegados”, que permitiriam ao presidente governar por decreto, foi rejeitada pela oposição, que também deseja limitar a extensão desses poderes a um ano e excluir questões tributárias e previdenciárias.

As reformas propostas por Milei estão centradas na Lei Ônibus e em um “megadecreto”, que visam promover mudanças significativas no sistema econômico do país. Entre as medidas já adotadas estão a desvalorização de 50% do peso argentino e a liberação de todos os preços da economia, o que acelerou a inflação para 25,5% em dezembro. O presidente também resgatou um programa de crédito de 44 bilhões de dólares com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Apesar dos elogios iniciais do FMI em relação aos primeiros ajustes feitos por Milei, a previsão é de uma recessão de 2,8% na economia argentina em 2024. Além disso, o país enfrenta uma crise que mantém mais de 45% da população na pobreza, com uma inflação anual de 211% em 2023. O presidente reconheceu que a Argentina entraria em um período de estagflação, com duração prevista de dois anos.

A situação na Argentina é delicada e a oposição tem se mostrado disposta a resistir às medidas propostas por Milei. As negociações em torno dos “poderes delegados” e das reformas introduzidas pelo presidente prometem ser acaloradas nos próximos meses. A população argentina aguarda com expectativa as próximas movimentações do governo e da oposição, cientes de que a situação econômica do país depende de decisões cruciais que serão tomadas.

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