A estratégia da oposição, composta principalmente pelo PT e PSB, é prolongar ao máximo a fase de leitura do relatório, alegando a necessidade de compreender todos os detalhes antes de iniciar a discussão em plenário. A leitura pausada, respeitando “pontos e vírgulas”, pode levar mais de uma semana, de acordo com os opositores.
Enquanto o relator da base governista, com um relatório de apenas 52 páginas, leu a um ritmo de 2m30s por página, a oposição afirmou que ele estava seguindo em um ritmo lento, possibilitando que todos os detalhes fossem absorvidos. A leitura foi suspensa devido à inserção da ordem do dia na Casa, mas o objetivo dos governistas é retomar a leitura ainda na mesma quarta-feira.
Munhoz, que faz parte da base do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), se esforçou para desassociar a privatização da Sabesp do caos envolvendo a Enel em São Paulo, citando a existência da chamada ‘golden share’ no projeto da Sabesp, que permite controles e limites por parte do estado.
A oposição questiona a junção das discussões nas comissões de Infraestrutura, Orçamento e Constituição e Justiça no congresso de comissões, alegando que seria mais adequado discutir separadamente em cada uma das comissões. Além disso, a audiência pública sobre o tema está marcada para o próximo dia 16.
Apesar da oposição planejar adiar a discussão, a base governista está determinada a seguir adiante com a análise do projeto de privatização da Sabesp. A divergência entre os dois lados promete prolongar as discussões e tornar o processo mais complexo.
Em meio a tudo isso, a privatização da Sabesp continua sendo um tema polêmico que divide opiniões e coloca em evidência as disputas políticas e interesses envolvidos. A oposição busca utilizar todos os recursos disponíveis para postergar a aprovação do projeto, enquanto a base governista trabalha para avançar com a pauta e concretizar a privatização da empresa de saneamento.