Oposição denuncia fraudes e Maduro é proclamado presidente da Venezuela, enquanto MP investiga interferência nas eleições.

Nicolás Maduro foi proclamado presidente da Venezuela para um terceiro mandato consecutivo de seis anos pelo órgão eleitoral do país. A decisão foi tomada após a contagem dos votos, que apontou Maduro como vencedor com 51,2% dos votos. No entanto, a oposição liderada por Edmundo González Urrutia contestou o resultado e alegou que houve fraudes no pleito.

A polêmica em torno das eleições levou o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, a anunciar a abertura de uma investigação contra a oposição. Segundo Saab, os oposicionistas, liderados por María Corina Machado, teriam tentado interferir no processo eleitoral.

A falta de transparência nas eleições venezuelanas também gerou reações de países da América Latina, que anunciaram a intenção de solicitar uma reunião urgente da OEA (Organização dos Estados Americanos). Uma nota conjunta assinada por Uruguai, Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru e República Dominicana pede uma contagem transparente dos votos para garantir a legitimidade do pleito.

O governo brasileiro, por sua vez, emitiu uma nota em que não reconhece a vitória de Nicolás Maduro. O comunicado destaca a importância da publicação dos dados desagregados de cada sessão eleitoral para assegurar a transparência e legitimidade das eleições.

Diante das controvérsias envolvendo o resultado das eleições na Venezuela, a situação política no país permanece incerta, com a oposição contestando a legitimidade do novo mandato de Maduro e vários países da região manifestando preocupações sobre a transparência do processo eleitoral. A investigação anunciada pelo MP também promete trazer mais tensões e incertezas para o cenário político venezuelano nos próximos dias.

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