A notícia pegou muitos analistas de surpresa, uma vez que a empresa havia demonstrado interesse e investido recursos consideráveis para obter a licença. No entanto, a Anatel impôs uma série de condições e exigências que tornaram o negócio pouco viável para a operadora. Entre as exigências estavam a aceleração dos prazos para implementação da rede 5G e a garantia de cobertura em áreas remotas e pouco lucrativas.
Segundo fontes próximas à empresa, a decisão de desistir da licença foi tomada após longas negociações com a Anatel, que não cedeu em suas exigências. A operadora do Pátria teria considerado que as condições impostas pela agência reguladora inviabilizavam economicamente o negócio, levando-a a optar por abrir mão da licença 700 MHz.
A desistência da operadora do Pátria causou especulações no mercado sobre os impactos dessa decisão para o setor de telecomunicações no país. Alguns analistas apontam que a empresa poderia estar avaliando alternativas estratégicas para buscar uma posição mais favorável no futuro leilão do 5G, que ainda não tem data definida.
Enquanto isso, a Anatel afirmou que está aberta ao diálogo com as empresas interessadas em participar do leilão do 5G, mas ressaltou que as condições estabelecidas visam garantir a qualidade e a abrangência dos serviços de telecomunicações no país.
A desistência da operadora do Pátria da licença 700 MHz certamente terá desdobramentos no mercado de telecomunicações e pode influenciar as estratégias das demais empresas que participarão do aguardado leilão do 5G. Só o tempo dirá quais serão as consequências dessa decisão para o setor.