Operação Urbana Água Espraiada: Defeitos e Estagnação A 23 Anos da sua Concepção, Mudanças na Lei Podem Ser a Solução

O eixo formado pelas avenidas Engenheiro Luiz Carlos Berrini, Doutor Chucri Zaidan e Jornalista Roberto Marinho, em São Paulo, que foi considerado a vitrine de uma cidade futurista no início dos anos 2000, hoje enfrenta desafios que ameaçam sua continuidade e desenvolvimento. Após 23 anos de sua concepção, problemas como casas abandonadas, prédios empresariais em locais pouco atrativos para pedestres, moradias irregulares e congestionamento de tráfego revelam a estagnação do local.

Para reverter esse cenário, a discussão agora gira em torno da Operação Urbana Consorciada Água Espraiada, e da necessidade de mudanças na legislação que rege o uso e ocupação do território. A maioria dos vereadores aprovou em primeiro turno um projeto de lei com o objetivo de ajustar as regras para beneficiar empreendimentos imobiliários na região, seguindo os moldes do Plano Diretor e da Lei de Zoneamento revisadas em 2023.

A proposta final, que ainda não foi divulgada, deverá permitir vantagens para os empreendimentos no perímetro da operação, visando revitalizar a região e torná-la mais competitiva. Operações urbanas mais recentes, como a Bairros do Tamanduateí, já adotam medidas semelhantes, visando equilibrar o potencial construtivo e promover o desenvolvimento urbano de forma sustentável.

No entanto, o desinteresse por áreas disponíveis na operação Água Espraiada tem prejudicado a arrecadação para a continuidade do projeto, especialmente na produção de moradias populares. O déficit habitacional na região é estimado em mais de 5.000 unidades, enquanto existem casas vazias e terrenos subutilizados devido às restrições da legislação vigente.

A questão dos Cepacs, certificados que permitem a construção na área da operação, também é relevante para a discussão, uma vez que influencia diretamente no valor dos imóveis e na viabilidade de novos empreendimentos. A expectativa é de que as mudanças propostas possam impulsionar a atratividade e o desenvolvimento do eixo formado pelas avenidas Berrini, Zaidan e Marinho, proporcionando um novo ciclo de crescimento para a região.

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