Para reverter esse cenário, a discussão agora gira em torno da Operação Urbana Consorciada Água Espraiada, e da necessidade de mudanças na legislação que rege o uso e ocupação do território. A maioria dos vereadores aprovou em primeiro turno um projeto de lei com o objetivo de ajustar as regras para beneficiar empreendimentos imobiliários na região, seguindo os moldes do Plano Diretor e da Lei de Zoneamento revisadas em 2023.
A proposta final, que ainda não foi divulgada, deverá permitir vantagens para os empreendimentos no perímetro da operação, visando revitalizar a região e torná-la mais competitiva. Operações urbanas mais recentes, como a Bairros do Tamanduateí, já adotam medidas semelhantes, visando equilibrar o potencial construtivo e promover o desenvolvimento urbano de forma sustentável.
No entanto, o desinteresse por áreas disponíveis na operação Água Espraiada tem prejudicado a arrecadação para a continuidade do projeto, especialmente na produção de moradias populares. O déficit habitacional na região é estimado em mais de 5.000 unidades, enquanto existem casas vazias e terrenos subutilizados devido às restrições da legislação vigente.
A questão dos Cepacs, certificados que permitem a construção na área da operação, também é relevante para a discussão, uma vez que influencia diretamente no valor dos imóveis e na viabilidade de novos empreendimentos. A expectativa é de que as mudanças propostas possam impulsionar a atratividade e o desenvolvimento do eixo formado pelas avenidas Berrini, Zaidan e Marinho, proporcionando um novo ciclo de crescimento para a região.