Repórter São Paulo – SP – Brasil

Operação policial desarticula organização criminosa responsável por distribuir drogas em cinco estados brasileiros, com mais de 180 policiais envolvidos.

Uma operação policial de grande envergadura está em curso nesta quarta-feira (19), liderada pela Polícia Civil do Paraná (PCPR) e pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), com o auxílio de outras forças policiais. O objetivo é desmantelar uma organização criminosa responsável pela distribuição de drogas do Paraná para estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco e Rio Grande do Sul.

No total, estão sendo cumpridos 92 mandados judiciais, incluindo 11 de prisão preventiva e 27 de busca e apreensão em endereços ligados aos suspeitos. Além disso, foram solicitados à Justiça bloqueios de valores em contas bancárias e medidas cautelares sobre automóveis. Os indivíduos envolvidos na operação são suspeitos de diversos crimes, como organização criminosa, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e associação para o tráfico.

A ação está sendo realizada simultaneamente em dez municípios de cinco estados diferentes, com a participação de mais de 180 policiais. Além da PCPR e do Gaeco, a operação conta com o apoio das polícias civis do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, da Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo e do Gaeco de Santa Catarina.

Vale ressaltar que um dos alvos da operação tem naturalidade paraguaia e pode estar no país vizinho, contando com a participação da Polícia Federal atuante em Assunção no Paraguai e do Centro Integrado de Operações de Fronteira (CIOF) de Foz do Iguaçu.

Essa não é a primeira fase da operação, que teve início em agosto de 2023, resultando na prisão de 15 pessoas e na apreensão de armas de fogo, além do sequestro de bens no valor de aproximadamente R$ 25 milhões. A investigação teve início em março de 2023, com a apreensão de duas toneladas de maconha em um fundo falso de caminhão frigorífico.

Segundo as autoridades, a distribuição do entorpecente era realizada por meio de caminhões frigoríficos, escolhidos estrategicamente para dificultar a fiscalização, uma vez que o rompimento do lacre poderia comprometer o produto. Os líderes da organização criminosa levavam uma vida de luxo, movimentando mais de R$ 100 milhões em quatro anos por meio de contas bancárias de “laranjas” e testas de ferro, muitas delas empresas de fachada.

A operação ainda está em andamento e novas informações podem surgir a qualquer momento. A polícia segue trabalhando para desarticular essa perigosa organização criminosa e levar os responsáveis à justiça.

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