Até o momento, foram relatadas pelo menos 200 mortes e 400 feridos em resultado da recente operação militar do Azerbaijão. A situação humanitária é cada vez mais preocupante, especialmente para aqueles que estão bloqueados no enclave de Lachin. Familiares aguardam desesperadamente o retorno de seus entes queridos, enquanto estão cercados pela violência e pelo medo.
Enquanto isso, o primeiro-ministro armênio, Nikol Pashinyan, tem sido criticado pela falta de ação em resposta à crise. Ele admitiu em uma reunião do Conselho de Ministros que a situação continua tensa, mas ressaltou que há esperança de uma dinâmica positiva. Segundo Pashinyan, o cessar-fogo entre os separatistas armênios e o Azerbaijão, que entrou em vigor na quarta-feira, parece estar sendo respeitado globalmente.
No entanto, os protestos contra Pashinyan não param. Nas ruas de Yerevan, a capital armênia, manifestantes se reuniram para expressar sua insatisfação, resultando em 98 novas detenções. O primeiro-ministro, por sua vez, acusou a Rússia de falhar em sua missão de manutenção da paz, destacando que soldados russos também foram mortos durante a ofensiva.
A possibilidade de uma vitória do Azerbaijão tem levantado preocupações sobre um deslocamento em massa de aproximadamente 12 mil habitantes de Nagorno-Karabakh. Embora a Armênia tenha afirmado que não está planejando uma evacuação em massa, eles estão prontos para receber cerca de 40 mil famílias de refugiados.
Enquanto isso, o Azerbaijão supostamente enviou 40 toneladas de ajuda humanitária para a região nesta sexta-feira. Mais de 10 mil pessoas, incluindo mulheres, crianças e idosos, já foram retiradas da área afetada. A situação continua a evoluir rapidamente, e a comunidade internacional está monitorando de perto os desenvolvimentos e buscando formas de atenuar a crise.
É importante lembrar que a situação é extremamente fluida e as informações estão sujeitas a alterações. Os residentes de Nagorno-Karabakh continuam a enfrentar um cenário de violência e incerteza, enquanto o mundo acompanha de perto essa crise humanitária em desenvolvimento.
