Operação bilionária de compra de plantas da Marfrig pela Minerva Foods é rejeitada no Uruguai por regulador de concorrência

A compra de 16 plantas da Marfrig Global Foods pela Minerva Foods tem gerado polêmica no mercado de carne bovina na América Latina. A transação, avaliada em mais de 1,5 bilhão de dólares, receberia a aprovação dos reguladores de concorrência de cada país envolvido. No entanto, a agência reguladora uruguaia, Coprodeco, rejeitou o pedido de aquisição.

De acordo com a resolução emitida pela Coprodeco, a operação entre Minerva e Marfrig resultaria na criação de uma posição dominante e em um mercado altamente concentrado. Isso significaria que uma única empresa teria o poder de limitar, distorcer ou reduzir substancialmente a concorrência, com barreiras à entrada de novos competidores.

A Minerva Foods, já sendo o maior exportador de carne bovina da América, buscava adquirir três frigoríficos no Uruguai, ampliando sua presença no país. Com as quatro frigoríficos que já possui no Uruguai, a Minerva e a Marfrig representariam juntas 26,5% do abate de gado bovino no país sul-americano.

A rejeição da compra pela Coprodeco evidencia a preocupação das autoridades uruguaias com a concentração de poder de mercado que a operação poderia gerar. A decisão da agência reguladora coloca em evidência a importância de se garantir a concorrência saudável no setor de carnes, visando proteger os interesses dos consumidores e promover a livre competição entre as empresas.

A Minerva Foods e a Marfrig Global Foods agora terão que reavaliar suas estratégias de expansão e possíveis aquisições, levando em consideração a decisão da Coprodeco e as repercussões no mercado de carne bovina na América Latina.

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