Segundo relatórios, uma investigação interna foi iniciada para apurar as acusações e verificar a possível participação de outros membros da agência de refugiados palestinos. O dossiê de seis páginas, elaborado pela inteligência israelense, alega que cerca de 190 funcionários, incluindo professores, também são militantes do Hamas ou da Jihad Islâmica. No entanto, o secretário-geral António Guterres e o chefe do órgão, Philippe Lazzarini, afirmaram não ter recebido mais informações de Israel que comprovem as alegações além dos 12 iniciais.
António Guterres defendeu a decisão de demitir os funcionários antes de a investigação terminar, alegando ter recebido informações confiáveis de Israel, e destacou que não poderiam correr o risco de não agir imediatamente sobre acusações relacionadas a atividades criminosas. Diante da possibilidade de outras infiltrações, Guterres assegurou que qualquer nova informação apresentada pelo governo de Israel será alvo de ação imediata por parte da ONU. A situação permanece em desenvolvimento, com a comunidade internacional atenta às investigações em curso.
A polêmica envolvendo a suposta infiltração do Hamas na ONU levanta questões sobre a segurança e a integridade do órgão, bem como a relação entre as agências internacionais e os conflitos regionais. O caso reflete a complexidade das relações diplomáticas no Oriente Médio e coloca em xeque a credibilidade das instituições internacionais diante de acusações desse teor. A ONU segue acompanhando de perto o desdobramento desse episódio e promete agir com diligência e transparência diante do surgimento de novas informações. A comunidade internacional aguarda ansiosa por desdobramentos e esclarecimentos a respeito dessas graves acusações.