ONU expressa preocupação após invasão de embaixada mexicana no Equador e pede solução pacífica para o impasse diplomatico

O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, expressou preocupação com a invasão da embaixada mexicana em Quito pelas forças de segurança equatorianas no último domingo. Guterres ressaltou a importância de manter a inviolabilidade dos recintos diplomáticos, enfatizando que esse princípio deve ser respeitado em todos os casos, de acordo com o direito internacional.

A violação desse princípio é considerada um risco para as relações internacionais normais, fundamentais para a cooperação entre os Estados. O secretário-geral pediu moderação tanto ao Equador quanto ao México e instou as partes a resolver suas diferenças de forma pacífica.

A ação na embaixada mexicana em Quito foi denunciada por mais de uma dezena de governos da América Latina e considerada “improcedente” pela Organização dos Estados Americanos (OEA). O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, rompeu imediatamente as relações diplomáticas com o Equador em resposta à operação, que também levou a Nicarágua a imitar essa decisão.

A ação culminou na detenção do ex-presidente equatoriano Jorge Glas, procurado pela justiça por acusações de corrupção e que estava refugiado na embaixada mexicana desde dezembro. A prisão de Glas foi motivo de controvérsia, visto que o local de uma embaixada é considerado território soberano do país representado, protegido pelo direito internacional.

A situação gerou repercussões significativas na região, com diversos países manifestando preocupação com a violação da inviolabilidade das embaixadas e destacando a importância da resolução pacífica de conflitos diplomáticos. A comunidade internacional espera agora por uma resolução diplomática para a crise desencadeada pela operação na embaixada mexicana em Quito.

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