De acordo com o diretor de promoção da saúde da OMS, Douglas Bettcher, a taxação mais alta do álcool tem um efeito cascata positivo em toda a sociedade, contribuindo para a prevenção de uma série de problemas relacionados ao consumo excessivo desta substância. Além disso, a taxação mais alta do álcool também ajuda a prevenir a violência e lesões causadas por acidentes de trânsito, contribuindo para a redução dos custos associados a esses problemas.
O relatório da OMS destaca que o consumo de álcool é um fator causal em mais de 200 doenças e lesões, incluindo câncer, cirrose hepática e doenças cardiovasculares. Por essa razão, a organização está cada vez mais voltando sua atenção para o impacto na saúde de produtos como o álcool e os alimentos com alto teor de açúcar, após obter ganhos significativos ao ressaltar os impactos de mortalidade causados pelo tabagismo.
Além disso, a OMS divulgou um “manual tributário do álcool” para ajudar os governos a implementarem políticas fiscais mais eficazes em relação a esta substância. O documento destaca que a maioria dos impostos sobre o álcool são baixos e não concebidos de forma otimizada, e que o vinho não é tributado em 22 países, principalmente na Europa. A organização apela aos governos pela introdução de impostos mais elevados e pela tributação de todos os tipos de álcool como medida para prevenir problemas de saúde associados ao seu consumo.
Por outro lado, as associações do setor do álcool afirmam que impostos mais elevados levam à redução das vendas e à queda das receitas fiscais, ao mesmo tempo que ameaçam a sobrevivência de algumas empresas. No entanto, a OMS e outros órgãos de saúde pública reforçam a importância da taxação mais alta do álcool como uma medida eficaz para a prevenção de doenças e problemas de saúde relacionados ao seu consumo excessivo.
