Segundo o escritório regional europeu da OMS, é provável que mais casos importados da doença surjam na região nos próximos dias e semanas. O caso detectado na Suécia envolveu uma pessoa que buscava tratamento em Estocolmo e foi diagnosticada com Mpox, causada pelo subtipo clado 1.
Os clados são grupos de vírus com mutações genéticas significativas, enquanto as cepas têm variações menores. Existem dois clados principais do vírus que transmite o Mpox, o clado 1 da África Central e o clado 1b, uma nova versão associada ao surto atual.
Especialistas alertaram que a doença tem um alto potencial de se espalhar globalmente, porém, não deve atingir a mesma intensidade ou letalidade que a Covid-19. O infectologista Alexandre Naime Barbosa ressaltou que, devido à interconexão global de 8 bilhões de pessoas, é apenas uma questão de tempo para a disseminação do Mpox para outros países.
A Ministra da Saúde do Brasil, Nísia Trindade, destacou que a situação não representa motivo de alarme, mas sim de alerta. O Ministério da Saúde adquiriu 25 mil doses da vacina contra o Mpox e inaugurou o Centro de Operações de Emergência em Saúde para coordenar a resposta à doença.
Apesar do aumento de casos e da circulação de uma variante mais perigosa do vírus, o Ministério da Saúde considera o risco baixo para o país. Os especialistas concordam que o foco deve estar em conter a doença na África, evitando sua propagação para além da região. A vigilância e o monitoramento dos casos são fundamentais para controlar a disseminação do Mpox.