Na Europa, ondas de calor podem ter levado à morte de mais de 61 mil pessoas no verão de 2022. Em abril deste ano, partes da França registraram temperaturas 10ºC acima do normal para o mês. As mudanças climáticas estão gerando preocupações sobre as condições dos próximos Jogos Olímpicos em Paris, especialmente considerando os riscos à saúde dos atletas.
Os dados da NOAA mostram que Tóquio teve uma temperatura média de 28,9ºC durante os Jogos, quase igual à registrada em Roma. A capital japonesa e Atenas são as cidades que já tiveram os dias mais quentes nas edições olímpicas, atingindo 31,8ºC. Em 1964, Tóquio teve uma umidade relativa do ar de 72%, enquanto Atenas registrou 50%, a mais baixa já vista em uma cidade olímpica.
Para os próximos Jogos em Paris, são esperadas temperaturas mais altas do que o normal, de acordo com previsões do serviço de meteorologia do país. O estudo “Rings of Fire” destaca os riscos para os competidores, baseados na experiência de Tóquio, onde diversos atletas enfrentaram fadiga, enjoos e desmaios devido ao calor intenso.
A falta de ar-condicionado nos quartos da Vila Olímpica em Paris tem sido motivo de preocupação, mas medidas estão sendo adotadas para garantir o bem-estar dos atletas. A organização dos Jogos está alugando aparelhos de ar-condicionado para os dormitórios, visando proporcionar condições adequadas de descanso para os competidores.
Em meio ao cenário de aquecimento global, os desafios dos atletas olímpicos em lidar com as altas temperaturas se tornam cada vez mais evidentes. A adaptação a essas condições extremas se torna essencial para garantir a segurança e o desempenho dos competidores em competições futuras.
