Oferta de pandas da China a países parceiros gera polêmica e levanta questões sobre diplomacia panda nos últimos 50 anos

Em 1972, uma nova era de diplomacia panda teve início, quando os primeiros animais foram enviados como presentes para os Estados Unidos. Esse gesto ocorreu logo após a histórica visita do presidente Richard Nixon à China comunista, marcando o início de uma prática que se tornaria comum entre países parceiros.

Ao longo dos anos, vários outros países foram agraciados com pandas da China, incluindo Japão, França, Grã-Bretanha e Espanha. Esses animais se tornaram símbolos de amizade e cooperação entre nações, sendo utilizados como presentes em momentos importantes das relações bilaterais.

Recentemente, a China ofereceu um casal de pandas ao Brasil para celebrar os 50 anos de relações diplomáticas entre os dois países. Além disso, também anunciou a entrega de mais dois animais ao Zoológico Nacional de Washington, nos EUA, até o final do ano. Essas ações destacam a importância dos pandas não apenas como animais fofos e populares, mas também como ferramentas de política externa.

Um estudo realizado pela Universidade de Oxford em 2013 revelou a estratégia por trás da “diplomacia dos pandas”. Países como Canadá, França e Austrália receberam pandas em momentos estratégicos, coincidindo com a assinatura de acordos comerciais importantes para a China. Essa prática evidencia como os pandas são utilizados como instrumentos para fortalecer laços políticos e comerciais.

No entanto, os pandas também podem ser usados para expressar descontentamento. Em 2010, a China solicitou o retorno de dois pandas nascidos nos EUA como forma de protesto contra uma reunião entre o presidente dos EUA e o Dalai Lama, considerado separatista por Pequim.

Em suma, a diplomacia panda é uma prática antiga e eficaz que continua a ser utilizada pela China e outros países como uma forma de promover cooperação, fortalecer relações e até mesmo expressar descontentamento em questões políticas. Os pandas, além de adoráveis, são também peças-chave na arena diplomática global.

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