Segundo os pesquisadores, a obesidade e o sobrepeso não são apenas questões estéticas, mas sim problemas de saúde pública gravíssimos. Isso porque três quartos da população ativa poderão ser afetados por essas condições, que estão associadas a várias comorbidades, como diabetes, hipertensão, doença renal crônica, câncer e cirrose.
Hoje, 56% dos brasileiros já apresentam obesidade ou sobrepeso, com taxas de obesos em 34% e de pessoas acima do peso em 22%. A projeção é que, em apenas seis anos, em 2030, a obesidade severa e o sobrepeso atinjam níveis recordes no Brasil, o que demostra a urgência em lidar com essa situação.
O presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade (Abeso), Bruno Halpern, ressaltou que o aumento da prevalência da obesidade é um alerta para ações mais efetivas e imediatas por parte do governo. Segundo Halpern, o impacto da obesidade vai além da saúde, afetando também a economia do país e a longevidade da população ativa no mercado de trabalho.
Diante desse cenário preocupante, é fundamental a implementação de políticas públicas e ações que visem tanto o tratamento dos casos existentes quanto a prevenção do sobrepeso e da obesidade em todas as faixas etárias. Além disso, é crucial melhorar o ambiente alimentar desde a primeira infância até a idade adulta, através de políticas regulatórias e fiscais que favoreçam escolhas alimentares saudáveis.
O Brasil enfrenta uma verdadeira epidemia de obesidade, com crianças e adolescentes também sendo afetados. A necessidade de políticas públicas focadas na prevenção e tratamento do sobrepeso e da obesidade no Sistema Único de Saúde (SUS) é urgente. A prevenção e o tratamento devem andar juntos, visando combater não apenas os casos atuais, mas também impedir que a obesidade se perpetue de geração em geração.