Segundo Renan Pieri, economista e professor da FGV EAESP, as promoções que promovem o “spaving” fazem com que o consumidor adquira produtos que ele não precisa, apenas para sentir que está economizando. Essa estratégia de marketing utiliza a ilusão de vantagem para induzir o cliente a gastar mais do que o planejado inicialmente.
Essa prática se reflete em diversos setores do mercado, como em operadoras de cartão de crédito que oferecem benefícios condicionados a um maior gasto, ou em supermercados que incentivam a compra de múltiplas unidades de um produto para dar descontos aparentemente vantajosos.
No entanto, especialistas alertam para os riscos do “spaving”, especialmente em um cenário de alta de endividamento da população. Nos Estados Unidos, as dívidas de cartão de crédito atingiram níveis alarmantes, enquanto no Brasil o endividamento das famílias também tem preocupado as autoridades.
Uma das estratégias para evitar cair nesse tipo de armadilha financeira é resistir ao impulso de compra, avaliando se o produto é realmente necessário antes de adquiri-lo. Além disso, é recomendável criar uma lista de compras e segui-la rigorosamente, evitando assim gastos desnecessários.
Em suma, o “spaving” pode parecer uma vantagem no curto prazo, mas a longo prazo pode levar a sérios problemas financeiros. É importante estar atento e consciente das suas escolhas de consumo para evitar cair nesse tipo de armadilha. Afinal, como diria Julius, do “Todo Mundo Odeia o Chris”, economizar de verdade implica em não ceder às tentações das ofertas aparentemente vantajosas.