O perigo da diversificação indiscriminada: saiba como evitar investimentos de baixo retorno e alto risco

O termo diversificação tem sido cada vez mais utilizado de forma indiscriminada para justificar investimentos que podem não ser razoáveis. Apesar de ser importante, é necessário considerar a perspectiva de retorno, risco e a carteira de investimentos para que a diversificação faça sentido.

A popularização de investimentos internacionais representa um grande benefício para os investidores brasileiros nos dias de hoje. Com apenas R$ 500, qualquer pessoa pode abrir uma conta em corretora internacional e ter à disposição uma infinidade de produtos pelo mundo, o que é uma oportunidade fantástica.

No entanto, muitos investidores agem de forma impulsiva quando se deparam com essa variedade de opções. A vontade é de adquirir tudo que não tiveram acesso antes, o que pode trazer riscos de escolhas erradas.

Um exemplo disso é a busca de investidores brasileiros por títulos públicos federais americanos, as Treasuries, como forma de diversificação. No entanto, muitos deles não estão realmente diversificando seu portfólio, mas sim elevando o risco dos seus investimentos.

É importante ressaltar que a grande maioria dos investidores brasileiros concentra seus investimentos em renda fixa. Comparando o retorno dos principais índices de renda fixa brasileiros com o retorno da Treasury de 7 a 10 anos americana, representada pelo ETF IEF, a Treasury não se mostra um bom negócio, principalmente quando consideramos um período de até 20 anos.

A justificativa de que “agora é diferente” não é suficiente para sustentar a decisão de investir em Treasuries. Apesar das taxas de juros americanas estarem altas, as taxas de juros brasileiras também estão elevadas. Portanto, é importante ter cuidado para não cair na armadilha da justificativa da diversificação e acabar investindo em algo com retorno mais baixo e elevando o risco do portfólio.

Diante desse cenário, é fundamental que os investidores avaliem de forma criteriosa as opções de investimento internacionais e considerem os objetivos, perfil de risco e a perspectiva de retorno de cada instrumento financeiro disponível. A diversificação é importante, mas deve ser feita de maneira consciente e estratégica para garantir uma carteira de investimentos saudável e equilibrada.

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