O mito das ações pagadoras de dividendos: entenda por que não garantem maior patrimônio no longo prazo

O desejo por uma fonte de renda passiva, sem a necessidade de realizar muitas ações, tem atraído a atenção de muitos investidores. Com a popularização das mídias sociais, diversos mitos e falácias são facilmente disseminados, o que cria confusão na mente daqueles que estão em busca dessa forma de renda. Neste artigo, vamos abordar a maior dessas falácias, visando esclarecer e informar os investidores.

É importante ressaltar que não estamos criticando as ações que pagam dividendos. Quando utilizadas corretamente, elas podem ser uma excelente forma de acumular renda passiva. No entanto, é fundamental que o investidor esteja ciente dos riscos envolvidos e compreenda totalmente no que está investindo. A falta de conhecimento técnico pode levar o investidor a acreditar em falácias propagadas nas redes sociais.

Um dos erros comuns é a crença de que reinvestir os dividendos de uma ação resulta em um maior acúmulo de patrimônio em comparação com uma ação que não paga dividendos. No entanto, isto é um equívoco, como comprova uma planilha que disponibilizamos para os leitores. O que importa, no contexto do investimento em ações, é o retorno total, que engloba o ganho de capital e o ganho de dividendos.

A planilha compara duas ações, uma que paga dividendos e outra que não paga. Ambas possuem o mesmo retorno total e são iniciadas com o mesmo valor. A simulação mostra que, mesmo reinvestindo os dividendos na própria ação, o patrimônio final da ação que paga dividendos não é maior do que o da ação que não paga. Isso ocorre devido ao fato de que o dividendo sai do preço da ação, o que faz com que o preço da ação que paga dividendos seja menor.

Portanto, é crucial que o investidor em formação de portfólio não se iluda pensando que as ações pagadoras de dividendos são a melhor opção. No estágio inicial, o mais importante é o retorno total, e não se a ação paga ou não dividendos. A preocupação com os dividendos deve ser reservada para o momento em que o investidor planeja retirar esses rendimentos para gerar uma fonte de renda passiva.

Michael Viriato, assessor de investimentos e sócio-fundador da Casa do Investidor, ressalta a importância de compreender as nuances do mercado de ações e evitar cair em falácias e mitos propagados pelas mídias sociais. A busca por informações corretas e embasadas é essencial para que o investidor tome decisões conscientes e assertivas no mercado financeiro.

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