A busca pela “verdadeira cruz”, onde Jesus foi executado, resultou em dezenas de relíquias sendo espalhadas por mosteiros e igrejas ao redor do mundo. No entanto, a autenticidade dessas relíquias é questionada por historiadores contemporâneos, que apontam a falta de evidências concretas para afirmar que esses pedaços de madeira pertenciam à cruz original de Cristo.
A história da “verdadeira cruz” remonta ao século 4, quando a santa Helena, mãe do imperador romano Constantino, supostamente descobriu a cruz em Jerusalém. Esta descoberta foi o ponto inicial da multiplicação de fragmentos da cruz e da busca por relíquias por parte dos fiéis do Cristianismo, como uma forma de estar mais perto da figura de Jesus.
No entanto, a busca por relíquias foi questionada ao longo dos séculos por diversos pensadores, que levantaram dúvidas sobre a autenticidade e a multiplicidade desses fragmentos. A datação por carbono, que poderia esclarecer a origem dessas relíquias, é considerada cara e invasiva, o que dificulta a confirmação de sua veracidade.
Assim, a possibilidade de encontrar a verdadeira cruz de Cristo é considerada remota pelos historiadores, uma vez que seria necessário realizar um trabalho arqueológico minucioso para comprovar a autenticidade dos fragmentos existentes. A palavra “cruz”, em grego e latim, refere-se a uma estaca ou vara de tortura, o que levanta questões sobre a forma e o material da cruz original onde Jesus foi crucificado.
Em suma, a história da “verdadeira cruz” continua a despertar o interesse e a devoção dos fiéis, mas a autenticidade dessas relíquias permanece envolta em mistério e especulação, sem evidências concretas para confirmar sua ligação com a crucificação de Jesus há dois milênios.