Mensagens trocadas nos dias que antecederam os ataques mencionavam bloqueios de estradas, paralisação de refinarias e a invasão do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal, conhecida como “Festa da Selma”. O golpe dependia da decretação da GLO, mas o então presidente Lula recusou a proposta e decretou a intervenção federal na segurança do Distrito Federal.
O cenário era caótico em Brasília. Policiais, tropas de choque da PM, policiais do Supremo Tribunal e do Congresso, com participação tardia do Exército, haviam desocupado o STF e começavam a expulsar os invasores do Planalto e do Congresso.
O aniversário deste episódio sombrio não deve deixar de lembrar os agentes da Polícia Legislativa do Congresso, da segurança do Supremo e parte da PM de Brasília que não participaram da tentativa de insurgência. O dia 8 de janeiro foi vasculhado pelo Judiciário e investigado pelo Congresso, não se confirmou a teoria de “apagão da segurança” em Brasília.
Redes sociais foram utilizadas para planejar a “Festa da Selma”. A marcha pacífica contra os três Poderes dividiu-se e, entre as 14h45 e as 15h40, invadiu o Congresso, o Planalto e o Supremo Tribunal. O festim durou cerca de duas horas, com invasões e destruições nos prédios públicos.
Apesar do clima tenso, a ação de retomada dos prédios invadidos foi realizada pela Polícia Legislativa, pela PM e pela PF, indicando que a intervenção federal não foi a única responsável pela normalização da situação.
Este episódio foi um marco para a história do Brasil e não deve ser esquecido. Foi um momento de tensão e desafios para a democracia que deve servir de alerta para o fortalecimento das instituições e do sistema de segurança do país. A paz política pode recomendar que não se cutuquem feridas, mas lembrar deste episódio é crucial para evitar que situações similares se repitam no futuro.