Número de mortos em Gaza ultrapassa 9.000, sendo 3.760 crianças, em meio ao conflito com Israel

Após semanas de conflito, a situação na Faixa de Gaza continua alarmante. De acordo com autoridades locais, o número de mortos já ultrapassou a marca de 9.000, sendo que cerca de 3.760 são crianças. Essa estatística chocante revela a gravidade do confronto entre Israel e o Hamas.

Enquanto a ONU registrou 560 crianças mortas em 19 meses de guerra na Ucrânia, a quantidade de crianças vítimas do conflito entre Israel e o Hamas é mais de seis vezes maior. Essa discrepância gera uma crescente pressão sobre Israel por parte de líderes americanos e árabes, incluindo aliados dos Estados Unidos, como a Jordânia, para que o cerco a Gaza seja aliviado.

Nesse contexto, a Câmara dos Deputados dos EUA aprovou um projeto de lei que concede 14,3 bilhões de dólares em ajuda a Israel. No entanto, parlamentares democratas, que controlam o Senado, já se manifestaram contrários a essa medida.

Enquanto isso, Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, planeja uma viagem ao Oriente Médio para negociar uma “pausa” devido à crise humanitária na região. O objetivo dessa visita seria permitir a entrada de ajuda para os palestinos e a retirada de estrangeiros e feridos. Até agora, cerca de 800 pessoas conseguiram deixar a Faixa de Gaza nos últimos dois dias.

Contudo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, indicou que não pretende acatar pedidos de cessar-fogo no momento, afirmando que Israel está avançando e que nada os deterá. Netanyahu afirmou que o objetivo é destruir as capacidades militares do Hamas e resgatar mais de 200 reféns sequestrados no início do mês.

Enquanto isso, a Embaixada do Brasil na Palestina está em contato com autoridades egípcias e israelenses para repatriar 34 pessoas que desejam sair de Gaza, sendo 24 brasileiros e dez palestinos. No entanto, até o momento, os brasileiros não estão entre os autorizados a deixar o território.

Rafah, a única passagem de fronteira não controlada por Israel, foi aberta após um acordo entre Egito e Israel, mediado pelo Catar e com coordenação dos EUA. A maioria das pessoas autorizadas a utilizar essa passagem são americanos.

Por sua vez, a Alemanha anunciou a proibição de qualquer atividade relacionada ao Hamas e também de uma rede palestina chamada Samidoun. Essas medidas foram tomadas considerando que o Hamas é considerado uma organização terrorista pela União Europeia e por vários países, incluindo Alemanha e Estados Unidos.

Diante desse cenário de violência e tensões, a situação na Faixa de Gaza permanece crítica. É essencial que as partes envolvidas busquem uma solução pacífica para esse conflito, a fim de evitar mais mortes e sofrimento para o povo palestino e israelense.

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