Novo pacto de migração da UE gera divisões entre defensores e críticos; Ursula von der Leyen destaca importância histórica da aprovação.

Na última semana, a Comissão Europeia aprovou um novo pacto de migração que vem causando intensos debates entre defensores e críticos. Considerado por alguns como um marco histórico, o pacto estabelece novas regras para lidar com o desafio das migrações na União Europeia.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, comemorou a aprovação do pacto, afirmando que as migrações representam um desafio europeu que exigia uma resposta conjunta. Segundo ela, o novo pacto é uma grande conquista que visa melhorar a abordagem da UE em relação aos migrantes e requerentes de asilo.

No entanto, as opiniões sobre o pacto estão divididas. Enquanto os defensores das novas regras argumentam que elas são necessárias para combater o avanço dos partidos de extrema direita na Europa, grupos de direitos humanos como o Conselho Europeu para Refugiados e Exilados, a Anistia Internacional e a Human Rights Watch criticaram o pacto, classificando-o como cruel e desastroso.

Uma das principais mudanças trazidas pelo novo pacto é a implementação de quotas permanentes que obrigam os Estados-membros a aceitar um determinado número de migrantes. Caso não cumpram a quota, os governos deverão pagar uma multa para um fundo comum da UE. Além disso, o pacto prevê mecanismos para lidar com crises migratórias, como a realocação de requerentes de asilo e maior apoio financeiro para os países afetados.

Polônia e Hungria são os países do bloco mais contrários ao pacto, destacando as divergências existentes entre os Estados-membros da UE em relação à questão migratória. Enquanto alguns acreditam que o pacto representa um avanço na cooperação europeia, outros o veem como uma ameaça à soberania nacional e aos direitos dos migrantes. A discussão continua e deverá ter desdobramentos nas próximas eleições europeias em junho.

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