O principal sindicato francês, a CGT, juntamente com representantes de outros sindicatos como a CFDT, convocou a população para uma mobilização em resposta à nova lei. Segundo a secretária-geral da CGT, Sophie Binet, a legislação representa uma quebra dos princípios franceses estabelecidos desde 1789, referentes ao direito do solo, e desde 1945, relacionados à universalidade da proteção social. Esse posicionamento demonstra a insatisfação dos sindicatos em relação à proposta do governo, enfatizando a importância da mobilização popular.
Além dos sindicatos, representantes de partidos políticos de esquerda, como A França Insubmissa, Ecologista, Socialista e Comunista, estiveram presentes na manifestação, expressando sua oposição à nova lei. Para o deputado e secretário-geral do Partido Socialista, Olivier Faure, a legislação representa uma abertura às ideias da extrema direita, gerando preocupações em relação ao posicionamento do governo em relação aos imigrantes.
Uma voz importante na manifestação foi a de Mady Cissé, uma imigrante senegalesa que ressaltou a importância dos imigrantes para o funcionamento da sociedade francesa, mesmo os que possuem apenas autorização de residência temporária. Ela destacou que sem a contribuição dos imigrantes, o país não funcionaria, enfatizando a necessidade de reconhecimento e valorização dessa parte da população.
Por outro lado, o texto com teor de direita pede ao presidente Emmanuel Macron que não promulgue a lei, destacando a oposição de setores políticos e culturais à proposta do governo. Essa divergência de posições reflete a complexidade do tema e a necessidade de um amplo debate sobre a nova legislação de imigração na França.