Repórter São Paulo – SP – Brasil

No México, Claudia Sheinbaum será a primeira mulher a governar, sucedendo Andrés Manuel López Obrador, indica pesquisa de boca de urna

No último domingo, as eleições no México marcaram um momento histórico para o país, com a provável vitória de Claudia Sheinbaum, que se tornará a primeira mulher a governar o México. As pesquisas de boca de urna indicam que Sheinbaum, sucedendo seu padrinho político Andrés Manuel López Obrador, obteve uma larga vantagem sobre a oposição, embora os resultados oficiais ainda não tenham sido divulgados devido às restrições eleitorais.

Sheinbaum, herdeira do capital político de AMLO, enfrentará diversos desafios em sua gestão. Na economia, o México vive um momento-chave do “nearshoring”, estratégia de aproximar a cadeia de produção do consumidor final nos Estados Unidos. É esperado que a nova governante desenvolva uma política concreta para manter o país como o principal exportador para os EUA.

No campo da segurança pública, Sheinbaum herdará um sexênio marcado pelo aumento dos homicídios, apesar de uma ligeira queda recente nas estatísticas. A militarização, promovida por López Obrador, deve ser mantida, assim como o controle dos militares sobre aeroportos e obras de infraestrutura.

A relação com os EUA, principalmente em relação à imigração, também será um desafio para Sheinbaum. Com o aumento do fluxo de imigrantes cruzando a fronteira e a crescente repressão a esse movimento, o México prendeu um número recorde de imigrantes este ano. Além disso, a governante eleita representou uma tríade de partidos da situação, vencendo uma oposição formada por partidos mais antigos do México.

Apesar de prometer uma gestão de continuidade, Sheinbaum pode adotar uma postura mais aberta em relação a setores como a imprensa, organizações sociais e investimento em infraestrutura. A grande incógnita é se haverá uma distância entre Sheinbaum e seu padrinho político, López Obrador.

A votação transcorreu com relativa tranquilidade em algumas regiões, mas também foi marcada por casos de violência armada. Longas filas foram observadas nos locais de votação, mostrando o engajamento dos eleitores nesse momento crucial para o futuro do México.

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