Repórter São Paulo – SP – Brasil

No alto deserto do Colorado, 322 presos vivem isolados em celas. Conheça a história da prisão mais segura dos EUA.

No deserto do Colorado, aos pés das montanhas, encontra-se a prisão de segurança máxima ADX Florence, conhecida por abrigar os presos mais violentos e perigosos dos Estados Unidos. Com 322 presos vivendo em celas de 3,5 por 2 metros, a ADX Florence é considerada um inferno por muitos que já passaram por lá.

Localizada em uma pequena cidade chamada Florence, a prisão é isolada e altamente segura, sendo construída em 1994 com um investimento de US$ 60 milhões. Diferente de outras penitenciárias de segurança máxima, a ADX Florence foi projetada para o confinamento solitário, uma prática que foi banida no século 19, mas ressurgiu nos anos 1980.

Entre os detentos mais famosos que já passaram pela ADX Florence estão Joaquín “El Chapo” Guzmán, Dzhokhar A. Tsarnaev (terrorista da Maratona de Boston) e membros da Al-Qaeda ligados aos ataques de 11 de Setembro. A prisão é considerada tão segura que nenhum preso conseguiu fugir, mas ao menos oito cometeram suicídio.

Os presos passam a maior parte do tempo em suas celas, que são à prova de som e possuem apenas uma pequena janela. Eles têm acesso limitado à televisão, livros e exercícios físicos supervisionados. Além disso, a comunicação com visitantes é realizada através de uma divisória de vidro e telefone.

No entanto, apesar da segurança reforçada, a ADX Florence não está isenta de controvérsias. Advogados e defensores dos direitos humanos criticam o uso do confinamento solitário, alegando que causa sérios danos mentais e físicos aos presos. Outras prisões de segurança máxima nos EUA, como a Penitenciária de Louisiana, também enfrentam críticas por práticas semelhantes.

Com um alto número de presos em confinamento restritivo e relatos de tentativas de fuga em outras prisões de segurança, o sistema carcerário dos EUA enfrenta desafios em relação aos direitos humanos e à segurança dos presos. A violência, superlotação e condições precárias em algumas unidades prisionais levantam questões sobre a eficácia e a humanidade do sistema penitenciário no país.

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