Essa informação foi revelada pelo coordenador do Sistema de Alerta Hidrológico do Serviço Geológico do Brasil, Artur Matos, durante uma reunião da Sala de Crises da Região Sul, que foi estabelecida após a devastação causada pelas enchentes no Rio Grande do Sul.
De acordo com Matos, a demora na normalização dos níveis ocorre devido à expectativa de novos repiques, que são elevações no nível do lago provocadas por chuvas na região. Ele explica que a situação das chuvas previstas entre quinta e sexta-feira pode influenciar nesse cenário, sendo comum a ocorrência de repiques após inundações.
Além disso, o meteorologista Marcelo Schneider, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), alerta para a chegada de chuvas com intensidade média a forte até sexta-feira nas bacias dos rios que deságuam no Guaíba. Essas tempestades podem atingir entre 30 e 60 mm por hora, intensificando ainda mais o quadro.
Schneider ainda prevê a chegada de uma nova frente fria que atingirá o estado a partir da tarde de domingo, trazendo consigo mais chuvas até terça-feira. Essas condições climáticas serão influenciadas por um ciclone no oceano Atlântico, afetando também outros estados do sul do Brasil.
Após as chuvas, uma massa de ar polar provocará uma queda brusca nas temperaturas, com mínimas abaixo dos 10°C em Porto Alegre e possibilidade de geada nas regiões serranas. No entanto, a boa notícia é que após essa nova frente, há a previsão de ao menos sete dias de estiagem, o que contribuirá para a recuperação dos níveis dos rios e lagos.
