Nigeriano Wole Soyinka marca presença ilustre em mesa da Feira do Livro ao lado de renomados autores internacionais.

A tão aguardada Feira do Livro teve um momento marcante com a presença de três grandes nomes da literatura mundial: Jamaica Kincaid, Henry Louis Gates Jr. e Wole Soyinka. A mesa que reuniria Kincaid e Gates acabou sendo enriquecida com a presença de Soyinka na plateia.

Soyinka, vencedor do Nobel de Literatura em 1986, foi uma figura discreta na Feira, mas não passou despercebido. Sentado entre os fundadores da Companhia das Letras, Luiz e Lilia Schwarcz, o autor nigeriano comemorou seus 90 anos em um jantar oferecido pelos anfitriões.

Na mesa de discussão, Gates e Kincaid compartilharam reflexões profundas sobre a literatura negra e a luta contra o racismo. Gates elogiou Kincaid como uma voz revolucionária e corajosa, capaz de desafiar convenções e padrões impostos pela sociedade. Por sua vez, Kincaid falou sobre sua infância em Antígua e Barbuda e como isso influenciou sua escrita.

A conversa foi permeada por análises críticas e elogios mútuos. Gates destacou a forma como Kincaid trata a negritude de forma sutil em suas obras, desafiando padrões pré-estabelecidos. Kincaid, por sua vez, defendeu a liberdade da literatura e rejeitou a ideia de atribuir um papel específico à literatura na luta antirracista.

O evento, no entanto, teve contratempos com a tradução simultânea, que comprometeu a experiência dos participantes. Mesmo assim, a mesa foi um sucesso e atraiu grande interesse do público.

Com a presença de autores renomados como Marcelo Rubens Paiva, Luiz Felipe de Alencastro, Geni Núñez e João Moreira Salles, a Feira do Livro promete continuar sendo um espaço de debate e reflexão sobre a literatura e a sociedade. Este sábado foi marcado por discussões envolventes e relevantes, que certamente deixarão um legado duradouro na cena literária atual.

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