Farage, de 60 anos, havia afirmado anteriormente que não concorreria, já que estava focado em apoiar Donald Trump nos EUA. No entanto, ele recuou e justificou sua decisão alegando sentir-se culpado por não lutar pelas pessoas desiludidas com a política que sempre o apoiaram.
O político irá liderar o partido de direita Reform UK, que tem cerca de 10% das intenções de voto nas pesquisas eleitorais, segundo a BBC. Esse anúncio pode prejudicar o Partido Conservador, que atualmente possui aproximadamente 24% das preferências, bem atrás do Partido Trabalhista, que lidera com 45% e é o favorito para vencer as eleições de forma histórica.
Em sua entrevista coletiva, Farage afirmou que o país está em uma situação onde “nada funciona mais”, criticando desde o sistema de saúde até as rodovias. Ele ainda destacou que seu partido, apesar de improvável, será a voz da oposição e buscará surpreender a todos, como já fez anteriormente.
A decisão de Farage é considerada uma má notícia para Sunak, que convocou eleições com menos de dois meses de antecedência na tentativa de evitar um fiasco eleitoral para o Partido Conservador. Sunak tem feito promessas para recuperar o voto mais à direita, como cortar impostos de aposentados e combater a imigração ilegal, mas enfrenta a ameaça de Farage, cujo partido surge como uma alternativa para os eleitores descontentes.
Cabe ressaltar que Farage é conhecido por comentários polêmicos e considerados xenofóbicos, o que gera controvérsias em relação ao seu papel na política britânica. Sua candidatura promete agitar ainda mais o cenário político do Reino Unido e influenciar o resultado das próximas eleições de julho.