Netanyahu vem se mostrando extremamente coerente na forma como lida com as críticas e denúncias que enfrenta. Diante das acusações de corrupção e dos ataques à Suprema Corte, ele parece apostar na estratégia de manter-se no poder a todo custo, mesmo que isso signifique ignorar a justiça internacional. Suas ações são, sem dúvida, uma tentativa desesperada de evitar a prisão, o que inevitavelmente acontecerá quando deixar o cargo.
O procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional, Karim Khan, solicitou a prisão de Netanyahu, do ministro da Defesa Yoav Gallant e de líderes do grupo Hamas, responsável pelo ataque terrorista a Israel. A justiça internacional parece ser a única esperança de responsabilizar os envolvidos por seus crimes, apesar das objeções de países como os Estados Unidos, que têm sido coniventes com as ações de Israel.
Embora o pedido de prisão não deva necessariamente encerrar o conflito, é uma forma de mostrar que a comunidade internacional não tolera a violência e os abusos dos direitos humanos. O reconhecimento de um Estado palestino é fundamental, assim como responsabilizar líderes como Netanyahu por seus atos. Se o TPI não agir, continuará sendo conivente com a violência e a barbárie que se perpetua na região.
Em última análise, a atuação de Netanyahu não apenas coloca em xeque a credibilidade do sistema internacional, mas também revela a urgência de se tomar medidas efetivas para garantir a paz e a segurança na região. A justiça deve prevalecer, mesmo que isso implique em enfrentar líderes poderosos e suas ações desumanas. O mundo não pode mais se calar diante de tamanha injustiça e sofrimento.
