Negociações para a Paz no Oriente Médio: O Embate Entre Soberania Palestina e Segurança Israelense

A falta de soberania no território palestino tem sido um dos fatores fundamentais para a ausência de paz na região. A retórica de que “é necessário reviver Oslo” e “retomar a solução de dois Estados” é apenas mais um disfarce para ocultar a falta de compromisso com a paz e a verdadeira autonomia palestina.

A proposta de uma “solução de dois Estados” que seja verdadeiramente duradoura deveria incluir o direito dos palestinos de terem suas próprias forças armadas para defender o território do seu Estado. Sem essa soberania militar, o destino do Estado e do povo palestino permanecerá sujeito às mudanças de governo em Israel, os quais os palestinos não têm meios de influenciar.

Aqueles que insistem em “retornar a Oslo” evitam discutir esse ponto crucial, cientes de que a presença de forças armadas palestinas em um território soberano minaria a supremacia militar de Israel sobre os palestinos. A manutenção do status quo, que permite a Israel bombardear Gaza ou estabelecer acordos que não serão cumpridos, depende da ausência de forças armadas palestinas.

A formulação de “dois Estados sem Forças Armadas palestinas” é apoiada por aqueles que desejam manter o domínio israelense sobre os palestinos. Isso nega aos palestinos o direito à autodefesa que Israel procura legitimar para si mesmo, sustentando assim a situação colonial e seu avanço eventual, de acordo com a vontade do governo de Israel.

Enquanto a soberania e a segurança de israelenses e palestinos forem tratadas como questões divididas, a disputa armada persistirá e a paz continuará inatingível. A negação da soberania palestina e a perpetuação do status quo são atitudes que não contribuem positivamente para o processo de paz na região. A necessidade de reconhecer a plena soberania palestina, incluindo o direito a forças armadas, é crucial para alcançar uma paz duradoura.

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