As famílias dos israelenses mantidos como reféns em Gaza expressaram sua angústia e revolta após a decisão do gabinete de guerra de Israel de não enviar o chefe do Mossad ao Qatar para negociar um novo acordo com o Hamas. A notícia gerou perplexidade entre os parentes dos reféns, que continuam aguardando por novidades sobre o destino de seus entes queridos.
Desde o início do conflito, em 7 de outubro, aproximadamente 240 pessoas foram feitas reféns. Apesar de algumas negociações terem resultado na libertação de dezenas de reféns, muitos ainda permanecem desaparecidos. O governo israelense estima que pelo menos 135 reféns ainda estão em Gaza, dos quais 115 estariam vivos.
Uma trégua temporária, estabelecida entre 24 de novembro e 1º de dezembro, resultou na libertação de 105 reféns, incluindo mulheres, crianças israelenses e cidadãos estrangeiros detidos pelo Hamas. Antes disso, quatro reféns já haviam sido libertados, e um foi resgatado pelas tropas israelenses.
Recentemente, as Forças de Defesa de Israel confirmaram a recuperação do corpo do refém Elia Toledano, de 28 anos, que havia sido levado por membros do Hamas do festival de música próximo ao Kibutz Re’im. Além disso, os corpos de outros cinco reféns também foram recuperados por Tel Aviv.
Toledano estava no festival na companhia da amiga Mia Schem, de 21 anos, que foi libertada em dezembro como parte do acordo de trégua temporária. Durante o ataque, Schem foi ferida por um tiro no braço e, após ser libertada, sua tia relatou que, durante o período de cativeiro, ela foi operada por um veterinário palestino.
Diante dessa situação angustiante, as famílias dos reféns continuam buscando respostas e exigem uma atuação mais efetiva das autoridades para garantir a libertação dos demais reféns. A incerteza e a preocupação marcam o cotidiano dessas famílias, que esperam ansiosamente por um desfecho positivo para essa situação.