Negacionismo do Trabalho Escravo no Setor Agropecuário Preocupa Autoridades e Auditores-Fiscais do Trabalho – Imprensa Brasileira alerta

Em uma recente declaração, o fazendeiro Gedeão causou polêmica ao negar a existência de trabalho escravo em vinícolas do Rio Grande do Sul. A fala repercutiu negativamente entre os auditores-fiscais do Trabalho, que afirmaram que a afirmação do representante da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) não reflete a posição do setor agropecuarista nacional.

De acordo com os auditores-fiscais, a negação do trabalho escravo em vinícolas gaúchas é inadmissível e remonta a um passado em que as denúncias eram silenciadas, mesmo durante a era republicana. Eles destacaram que casos recentes, como o resgate de mais de 200 trabalhadores em condições análogas à escravidão na colheita de uva em Bento Gonçalves, demonstram a persistência desse problema no estado.

Para o grupo, ignorar a realidade do trabalho escravo é fechar os olhos para a exploração e o sofrimento de muitos brasileiros. Além disso, ressaltaram que a garantia de trabalho decente é fundamental para a imagem do país no exterior e para manter os mercados receptivos à exportação de produtos, principalmente alimentos.

A declaração de Gedeão levantou discussões sobre a necessidade de combater efetivamente o trabalho escravo em todas as regiões do Brasil, incluindo o Rio Grande do Sul. As autoridades e organizações envolvidas no combate a esse problema reiteram a importância de garantir condições dignas de trabalho e combater a exploração de trabalhadores no país.

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