Repórter São Paulo – SP – Brasil

Navio de carga é atacado no Estreito de Bab al-Mandab, ao largo do Iêmen

No último domingo, um navio de carga com bandeira de Belize, registrado no Reino Unido e operado pelo Líbano, foi atacado no Estreito de Bab al-Mandab, ao largo do Iêmen, como informou a empresa britânica de segurança marítima Ambrey. Segundo a agência britânica Maritime Trade Operations, a tripulação abandonou a embarcação após uma explosão, o que indica que se tratou do mesmo incidente.

Os ataques no Estreito de Bab al-Mandab têm sido frequentes e são atribuídos às forças Houthi, que são apoiadas pelo Irã. Eles têm lançado repetidos ataques com drones e mísseis contra a navegação comercial internacional no Mar Vermelho, uma rota que representa cerca de 12% do tráfego marítimo mundial. A justificativa dos Houthi para esses ataques é o apoio aos palestinos na guerra entre Israel e os militantes do Hamas na Faixa de Gaza.

Esses incidentes têm causado grande impacto no comércio marítimo, levando diversas empresas a interromper viagens pelo Mar Vermelho e optar por uma rota mais longa e mais cara ao redor da África. Além disso, a situação também levou os Estados Unidos e o Reino Unido a realizarem ataques de retaliação no Iêmen.

A empresa Ambrey revelou que o navio atacado estava seguindo para o norte em sua viagem de Khor Fakkan, nos Emirados Árabes Unidos, para Varna, na Bulgária, quando ocorreu o ataque. O navio, parcialmente carregado, teve que diminuir sua velocidade e desviar o curso, entrando em contato com a Marinha do Djibuti antes de retornar à sua rota e velocidade normais.

Esses ataques no Estreito de Bab al-Mandab têm causado grande preocupação e instabilidade no comércio marítimo internacional, colocando em risco a segurança das embarcações e de suas tripulações. O cenário geopolítico tenso na região tem levado a uma maior militarização e à necessidade de medidas de segurança mais rigorosas para proteger o transporte marítimo. A situação permanece delicada e sujeita a mudanças, à medida que as tensões na região continuam a crescer.

Sair da versão mobile